O jogo que virou campo de batalha na Bolívia: 17 cartões vermelhos e gás lacrimogéneo

O encontro entre Real Oruro e Blooming, a contar para os quartos de final da Taça da Bolívia, terminou de forma caótica com uma autêntica batalha campal que resultou na exibição de 17 cartões vermelhos e na intervenção da polícia.

Depois de ter vencido por 2-1 no jogo da primeira mão, o Blooming empatou a duas bolas no terreno do adversário, beneficiando de um penálti convertido aos 84 minutos, resultado que garantiu a qualificação para as meias-finais. No entanto, o ambiente de festa durou apenas segundos. Mal soou o apito final, jogadores das duas equipas envolveram-se em agressões junto ao túnel de acesso aos balneários, numa confusão que terá sido iniciada por elementos da equipa da casa.

A situação agravou-se rapidamente com a entrada em cena de membros das equipas técnicas e do staff, obrigando à intervenção de cerca de vinte agentes da polícia, que recorreram a gás lacrimogéneo para controlar a violência instalada no relvado e zonas adjacentes.

De acordo com o relatório oficial do encontro, o Blooming viu sete jogadores serem expulsos, o que compromete seriamente a sua presença nas meias-finais frente ao Bolívar, enquanto o Real Oruro teve quatro atletas sancionados com cartão vermelho. A estes juntaram-se ainda expulsões dirigidas a treinadores e adjuntos, perfazendo um total de 17 cartões exibidos.

A imprensa boliviana dá conta de que o treinador do Real Oruro teve de receber assistência hospitalar devido a ferimentos no ombro e na cabeça, enquanto um elemento da equipa técnica do Blooming sofreu uma fratura facial. Perante a gravidade dos acontecimentos, a federação boliviana já anunciou que irá aplicar sanções disciplinares severas aos envolvidos.