Terraplanistas foram à Antártida para provar que a Terra é plana e descobriram o erro
O padre Will Duffy, do Colorado, desafiou terraplanistas a irem à Antártida para testarem as suas crenças de que a Terra é plana. O terraplanismo, movimento que nega a esfericidade do planeta, ganhou força com a Internet, apesar das provas científicas e fotográficas.
Segundo a teoria, a Antártida seria uma grande parede de gelo que circunda os oceanos. Duffy organizou e financiou a expedição intitulada “The Final Experiment”, na qual três terraplanistas participaram presencialmente e outros acompanharam online.
Durante a viagem, os participantes testemunharam o sol da meia-noite, um fenómeno natural que ocorre em regiões polares no verão e que contraria a teoria terraplanista. Jeran Campanella, um dos principais defensores do movimento, admitiu publicamente estar errado após observar o fenómeno.
“Achei que não existia sol de 24 horas, mas vi com os meus próprios olhos”, afirmou. Campanella destacou que a experiência oferecida por Will Duffy foi determinante para mudar a sua visão, reconhecendo que este fenómeno só é possível num planeta esférico.
A revelação gerou polémica entre os terraplanistas. Alguns consideraram Campanella um “vendido” ou “fantoche”, termos usados para descrever aqueles que mudam de opinião e aceitam a esfericidade da Terra. Outros sugeriram que muitas pessoas defendem a Terra plana apenas para ganhar visibilidade ou benefícios, como viagens patrocinadas.
A experiência, documentada no YouTube, reacendeu o debate sobre a força de crenças pseudocientíficas e o impacto da observação direta na mudança de perspetivas. A viagem foi financiada com cerca de 35.000 dólares e mostrou a importância de confrontar teorias com evidências concretas.