Presos fazem “karaoke” em Setúbal e geram discórdia e indignação entre os guardas prisionais e o sindicato

A realização de uma festa de “karaoke” no pátio da prisão de Setúbal tem dividido opiniões e provocado forte reação entre os guardas prisionais. De acordo com os Serviços Prisionais, trata-se de “uma atividade regular, superiormente autorizada, e integrada nos programas socioculturais dinamizados pelos Serviços de Acompanhamento da Execução da Pena”.

No entanto, o Sindicato Nacional da Guarda Prisional (SNGP) criticou veementemente a iniciativa, afirmando que “esta situação não é sinónimo de reinserção de reclusos, e é somente uma vergonha”. O presidente do SNGP, Frederico Morais, destacou que os guardas não foram avisados previamente acerca da festa e que as imagens divulgadas mostram uma técnica de reeducação em circulação com telemóvel, algo que, segundo ele, viola o regulamento geral das cadeias. “Quando nós falamos tanto de mudar regras, temos uma cadeia com regras próprias. São as ‘quintas’ que cada um gere à sua maneira. Está na hora de acabar com isto”, concluiu.