Nuno Markl “regressa” à rádio e recorda momento em que sofreu AVC
Nuno Markl voltou a fazer-se ouvir no espaço O Homem que Mordeu o Cão, apesar de se encontrar internado no Hospital Egas Moniz depois de ter sofrido um AVC. A partir da cama do hospital e em ligação telefónica, o comunicador tranquilizou os ouvintes, assegurando que está a evoluir positivamente e que se encontra focado na recuperação.
Visivelmente emocionado, confessou estar mais sensível do que o habitual, chorando com facilidade, mas garantiu que já sente melhorias significativas. Explicou que está a reaprender movimentos básicos, como andar, e que começa a recuperar gradualmente a sensibilidade e o controlo da mão e do braço esquerdo, que foram afectados pelo episódio.
Durante a intervenção, fez questão de sublinhar a importância da medicina e do trabalho dos profissionais de saúde, deixando uma mensagem clara sobre a necessidade de confiar na ciência e evitar dar atenção a discursos irresponsáveis que desvalorizam o conhecimento médico.
O humorista aproveitou ainda para expressar gratidão ao filho, Pedro, de 15 anos, destacando o sangue-frio e a maturidade com que lidou com a situação. Foi o jovem quem ligou para o 112 e descreveu com calma tudo o que se passava, numa atitude que encheu o pai de orgulho.
Com o seu habitual tom bem-humorado, Markl partilhou detalhes do momento em que percebeu que algo estava errado, quando se encontrava na casa de banho e perdeu a capacidade de se levantar ou de controlar o corpo. Apesar do embaraço, assumiu que teve de pôr de lado qualquer sentido de dignidade, reconhecendo que muitas pessoas o viram numa situação de grande vulnerabilidade desde que tudo aconteceu.
Entre agradecimentos repetidos aos bombeiros, médicos, enfermeiros e auxiliares, destacou também a onda de carinho e apoio que tem recebido, confessando-se profundamente tocado pelas mensagens de amizade que lhe chegaram de todo o lado.
Antes de terminar a participação, deixou nota do desejo de regressar em breve às Manhãs da Comercial e ainda relatou, com ironia, a tirada de um dos bombeiros que o socorreu, que tentou tranquilizar os vizinhos dizendo que não passava de uma simples dor de dentes.