
Mãe e filha de 13 anos viveram 7 meses reféns na própria casa em Ermesinde
Uma mãe e a sua filha de 13 anos vivem num cenário que descrevem como um verdadeiro pesadelo, numa habitação em Ermesinde. Segundo Andreia Pereira, tudo começou há sete meses, quando várias pessoas ocuparam ilegalmente partes do imóvel onde reside. Desde então, a situação tem-se agravado: ameaças constantes, insultos e lixo acumulado são agora o seu quotidiano.
A denúncia foi feita numa reportagem de Ana Leal, onde se ouve o desespero de Andreia. A mulher revela que se sente totalmente abandonada pelas autoridades: “Já pedi ajuda à PSP, mas disseram-me que não tinham carros nem efetivos disponíveis. Mandaram-me tomar um calmante e tentar dormir”, afirma.
Além do medo diário, Andreia enfrenta também problemas financeiros. Aponta ter acumulado milhares de euros em dívidas de água, consumo que alega não ter sido da sua responsabilidade. O senhorio, por sua vez, também se mostra incapaz de resolver a situação, referindo ter receio de confrontos com os ocupantes.
“Podem matar-nos a qualquer momento. Já não sei a quem mais recorrer. A minha filha vive em pânico”, desabafa Andreia, visivelmente angustiada.
Entretanto, a Câmara de Valongo anunciou, ontem, que vai atribuir em maio uma casa municipal à mãe e filha menor.