IRA salva cão na Segunda Circular e queixa-se da demora sem sirenes nem luzes
O IRA (Intervenção e Resgate Animal) voltou a estar em destaque na passada terça-feira, depois de salvar um cão em plena Segunda Circular, uma das vias mais movimentadas de Lisboa. No entanto, a organização criticou duramente o tempo de resposta, afirmando que demorou o triplo do habitual a chegar ao local, um dia após o Instituto de Mobilidade e dos Transportes (IMT) lhe ter retirado a autorização para circular em marcha de emergência.
De acordo com o IRA, a falta de sirenes e sinalizadores luminosos comprometeu a segurança da operação, dificultando o acesso ao separador central onde o animal se encontrava em risco de ser atropelado.
Num vídeo divulgado nas redes sociais, é possível ver a equipa presa no trânsito, incapaz de ultrapassar os veículos à frente, e, já no local, carros a circular junto aos operacionais durante o resgate.
A ação foi realizada em conjunto com a Casa dos Animais de Lisboa e a Polícia Municipal, e terminou com sucesso. O cão, que tem microchip, “aparentemente fugiu da família que o havia adotado dias antes”, informou a organização.
A polémica surge depois de o IMT ter decidido reavaliar a autorização concedida há duas semanas ao IRA para o uso de sirenes e luzes azuis em situações de emergência. A decisão foi tomada após um parecer da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), que levantou dúvidas sobre o uso do símbolo da Proteção Civil num dos veículos da ONG e alertou para o risco de confusão entre o IRA e agentes oficiais de emergência.
Segundo o IMT, “o uso de avisadores especiais não é absolutamente indispensável” para o desempenho das funções do IRA, uma justificação que a organização contesta, alegando que o impedimento coloca em causa tanto a segurança das suas equipas como a eficácia dos resgates de animais em perigo.