Grupo de cientistas encontrou o maior coral do mundo
Um grupo de cientistas descobriu nas ilhas Salomão um coral gigantesco, agora considerado o maior do mundo. Com dimensões de 34 metros de comprimento e 32 metros de largura, o coral é tão vasto que pode ser avistado do espaço. A expedição que levou a esta descoberta foi conduzida pela equipa do navio de investigação Pristine Seas, da National Geographic.
Inicialmente confundido com uma rocha ou os destroços de um naufrágio, o coral revelou-se um exemplar da espécie Pavona clavus após uma inspeção mais detalhada. Manu San Félix, cineasta subaquático, descreveu-o como um “monumento natural” que resistiu ao passar dos séculos, incluindo mudanças climáticas e a ação humana.
O coral recém-descoberto é três vezes maior do que o famoso “Big Momma”, localizado na Samoa Americana. Molly Timmers, uma das cientistas da expedição, comparou-o a um gelado derretido que se espalha pelo fundo do mar, destacando a sua forma incomum em contraste com outros corais maciços.
Este coral serve de habitat a várias espécies marinhas, funcionando como um importante ecossistema que sustenta a vida marinha e protege as costas. A descoberta reforça a importância da preservação dos recifes, que enfrentam hoje sérias ameaças devido ao aquecimento global e à sobrepesca.
Os cientistas frisaram a urgência de proteger áreas marinhas vulneráveis, especialmente no âmbito da iniciativa global para preservar 30% dos oceanos até 2030. Atualmente, apenas cerca de 9% das áreas marinhas estão protegidas. O objetivo é expandir essas zonas, criando santuários que possam mitigar os efeitos da crise climática.
A equipa destacou ainda que este coral tem cerca de 300 anos, sendo composto por milhões de pólipos que partilham o mesmo código genético, o que o diferencia dos recifes, formados por múltiplas colónias independentes.